Humor
terça-feira, 22/07/2014 20:26Um resort só de juízes, uma ilha só de promotores e uma comarca só de advogados
No bar do foro principal de uma grande cidade brasileira estão um advogado, um juiz e um promotor. Falam do congestionamento de alguns cartórios, da precariedade de funcionamento dos JECs, das dificuldades para operar o processo eletrônico e dos movimentos localizados para que o Ministério Público não possa realizar investigações.
Aborrecido, o promotor chuta algo no chão. O magistrado faz que não vê. O advogado se abaixa e pega – era uma lâmpada mágica. Esfrega-a e, como de praxe, sai um gênio.
Este, agradecido por ter sido libertado, diz que realizará um pedido de cada um deles. Era só pedir!
O juiz impõe que, por ser magistrado, tem preferência na escolha. Analisa a carreira sofrida dele e dos colegas.
– Eu quero um resort paradisíaco, melhor que os da Bahia, para formar uma república só de magistrados, sem problemas e sem processos. Nosso compromisso será apenas com a hermenêutica.
O gênio imediatamente realiza o pedido, transferindo o juiz para lá, com direito a patrocínio chancelado pela federação dos bancos.
Depois, o promotor – que gostara da idéia do magistrado – pede:
– Eu quero uma ilha que lembre o Éden, para formar uma república só de promotores, mas distante dos juízes e sem advogados.
O gênio concede o pedido e situa o promotor num dos locais insulares mais lindos do mundo.
Virando-se para o advogado, o gênio pergunta:
– E o senhor, que ficou por último, o que pede?
Ao que o advogado responde:
– Oh, gênio, já que me fizeste dois favores tão grandes, me oferece um chimarrão e está tudo certo…
* * * * *
Observações:
1. Texto adaptado e sintetizado pelo Espaço Vital, a partir de uma defesa prévia de advogado, numa das Seccionais da OAB, ante procedimento disciplinar instaurado a partir de representação de iniciativa de um juiz e de um promotor.
2. O expediente foi arquivado.
Fonte: Espaço VItal: www.espacovital.com.br