Geral

GREVE GERAL UNIFICADA

terça-feira, 26/02/2013 18:37

21 Motivos para os servidores da Justiça mineira “cruzarem os braços”

Como o SINDOJUS/MG já divulgou (veja aqui), na última reunião com os três sindicatos dos servidores do Poder Judiciário do estado de Minas Gerais (SINDOJUS/MG, SINJUS/MG e SERJUSMIG), ocorrida na última quinta-feira, 21/02, os assessores e técnicos do Tribunal de Justiça, depois de garantirem às mesmas entidades, ao final do ano passado, que estava mantido o compromisso do presidente, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, de que o aumento escalonado seria implementado até julho deste ano, tiveram a “audácia” de chegar para os sindicalistas e dizer que não há a menor possibilidade de promover esse reajuste neste ano. Com a maior cara de pau, falando em nome da administração do Tribunal, fizeram mais promessas, o que os servidores já estão esgotados de ouvir. Não sendo possível a implementação do aumento escalonado, o TJMG estaria disposto a subir o índice da data-base deste ano, em ínfimo meio ponto percentual, de 4,5% para 5%, e estabelecer a equivalência do auxílio alimentação dos servidores ao dos magistrados – ou seja majorar o dos servidores de R$ 440,00 para R$ 710,00.

Para o SINDOJUS/MG, uma coisa não tem nada a ver com a outra: aumento escalonado é para corrigir defasagem salarial em faixas do quadro de servidores; data-base é apenas revisão salarial, para “minimizar” as perdas nos vencimentos decorrentes do crescimento avassalador dos índices da inflação; e a equivalência do auxílio alimentação passa pelo princípio constitucional da isonomia, que deve ser respeitado também entre os servidores e magistrados.

Não aumento escalonado, jogo de “empurra” na questão da equiparação do auxílio alimentação, verba indenizatória da assistência judiciária defasada, péssimas condições de trabalho, falta de segurança para a realização das diligências, promoções verticais atrasadas… Os salários dos servidores da Justiça de Minas Gerais ocupam o 21º lugar no ranking entre todos os TJs do país. Portanto, são pelo menos 21 Motivos para esse funcionalismo mineiro fazer greve.

Como já é do conhecimento de todos, em 20 de março de 2006, os desembargadores do TJMG fizeram greve de um dia em protesto contra a criação do teto constitucional do serviço público (veja, aqui, mais informações). E olhe que, naquele ano, eles já ostentavam altíssimos subsídios. E hoje, então, que não existe magistrado ganhando menos de R$ 19 mil por mês? Pois é, o rápido movimento paredista dos senhores togados surtiu efeito. Recebendo altíssimos vencimentos, com carro para trabalharem, cada vez mais assessores para auxiliá-los, férias de 60 dias (fora o recesso forense), auxílio alimentação no valor de R$ 710,00 (por pouco não receberam também o retroativo a 2004, o que não aconteceu graças à reação dos sindicatos e da mídia), eles se sentem na cômoda situação de pisotear os servidores.

É isso mesmo que está acontecendo. E vai continuar se deixarmos tudo como está. Vai continuar se continuarmos assistindo, impassíveis, esse espetáculo de desmandos e promessas vãs. Temos que reagir, com muita veemência e o mais rápido possível. Vamos nos unir, nos mobilizar e nos preparar para uma GREVE GERAL UNIFICADA. A frase pode estar um tanto quanto batida, mas mais verdadeira do que nunca: QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER.

Se, com os vencimentos que recebem, eles “puderam” fazer greve, nós servidores, com nossos míseros salários, “necessitamos”. Vamos seguir o exemplo dos senhores (deus)embargadores. Quem não luta, jamais sentirá o gosto da vitória. Por isso, companheiros, vamos à luta! Pense nisso!