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Perfil médico brasileiro

quinta-feira, 29/08/2013 19:57

Médicos de Araruama(RJ) apenas batem o ponto e ainda estacionam carrões na calçada

Enquanto jornais, revistas, sites, rádios, TVs e afins estampam informações sobre os protestos da classe média brasileira contra a contratação de médicos estrangeiros, pelo programa Mais Médicos, para atendimento à população carente nos rincões do país, uma feliz reportagem do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) traz à luz uma denúncia pra lá de contundente. Médicos do município de Araruama, no estado do Rio de Janeiro, são flagrados pelas câmeras indo ao hospital da cidade, diariamente, apenas para bater o ponto. Oficialmente, estariam trabalhando 16 horas, até 20 horas por dia. As imagens, no entanto, mostram-nos apenas batendo o ponto e retornando para casa. Ainda por cima, têm flagrados seus carros de luxo estacionados próximo de estacionamento proibido e em plena calçada, desrespeitando, além dos princípios constitucionais da moralidade e da probidade, as regras de trânsito estabelecidas pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro).

Habilmente cercados por câmeras não só à entrada do hospital, mas também no interior do estabelecimento, os médicos flagrados não tiveram como explicar, disfarçar ou fugir às evidências apresentadas pela belíssima reportagem. As provas do abuso com serviço público são incontestáveis, inquestionáveis, indiscutíveis.

Seria arriscado, e até mesmo uma injustiça, afirmar-se que a situação exposta no município fluminense é o retrato fiel da saúde em todos os municípios brasileiros. Há muitos médicos trabalhando, comprometidos com o atendimento decente e assistido à população. Porém, pelo caos que se constata na saúde pública do País, e, por outro lado, pela reação odiosa e hostil que se vê da classe médica à contratação de profissionais estrangeiros, sobretudo de Cuba, para atuar nos locais mais carentes de atendimento desse serviço, chega-se à conclusão de que tem muita gente (médicos) recebendo altos salários sem sequer comparecer ao trabalho, enquanto a população adoece e morre à míngua, na total impossibilidade de atendimento. Isto tem nome: cretinismo.

Confira AQUI a íntegra da reportagem do SBT.