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CHEGA DE CONVERSA FIADA!

quarta-feira, 27/02/2013 20:45

Um dos projetos do Tribunal é a nova sede; com tanto dinheiro que está sendo acumulado, e o restante, a que estaria destinado?

O SINDOJUS/MG recebeu, do TJMG, o Ofício Circular nº 131/GAPRE/SEPLAG/2013, que foi encaminhado aos sindicatos representativos dos servidores do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais formalizando os argumentos expostos pelos assessores da Presidência e seus técnicos das áreas econômica e financeira na reunião que tiveram com os representantes das três entidades sindicais (SINDOJUS/MG, SINJUS/MG e SERJUSMIG) no último dia 21 de fevereiro, quando comunicaram que o Tribunal não dispõe de recursos para a implementação do aumento escalonado neste ano. O Tribunal descumpre, assim, o compromisso assumido com as entidades em 17 de setembro do ano passado, de que implementaria o escalonado até julho deste ano. Naquele dia, vale lembrar, os servidores já haviam deliberado pela realização de greve de advertência de um dia, em protesto diante da resistência do Tribunal em atender a pauta de reivindicações dos servidores, com possibilidade de uma greve geral unificada caso tal situação persistisse.

Os argumentos do Tribunal para se negar a cumprir o compromisso assumido com os servidores são os mais esdrúxulos, o que pode ser constatado no documento. Porém, o que chama mais a atenção é a capacidade que sua administração demonstra para manipular números. A enrolação é tão grande que já perdeu o controle e anda se traindo ao  informar valores diferentes até mesmo nos documentos formalmente enviados aos sindicatos.

Exemplo disso acaba de acontecer, conforme constata o SINDOJUS/MG ao confrontar os dois últimos documentos encaminhados pelo Tribunal aos sindicatos: o Ofício Circular nº 131/GAPRE/SEPLAG/2013 (veja cópia), de 25/02/2013, das justificativas sobre a decisão de não implementar o aumento escalonado, e o Ofício nº 119/GAPRE/SEPLAG/2013 (veja cópia), de 19/02/2013, em que responde aos sindicatos sobre as quatro sugestões que apresentaram, no ano passado, “para se obter ‘recurso extra’ de pessoal, com o fito de possibilitar o pagamento do reajuste escalonado aos servidores a partir de maio do corrente ano, ou no máximo em julho de 2013”. Em 19 de fevereiro, informou que o aumento escalonado implicaria um gasto mensal de R$ 12 milhões; por ano, R$ 150 milhões. Seis dias depois, 25 de fevereiro, informou que o gasto mensal seria de R 13,5 milhões, e o anual, R$ 187,5 milhões. Números da cabeça inflacionária da administração do Tribunal…

A administração se perde, na verdade, é porque tenta explicar o inexplicável, justificar o injustificável. O que se deduz disso tudo é que esse dinheiro está sendo guardado para outras finalidades. É esse o motivo pelo qual o Tribunal vem economizando na folha de pagamento de seus servidores desde 2003. De 2003 a 2011, a economia acumulada foi de R$ 2.346.237.740,73 (veja aqui), isso mesmo: dois bilhões, trezentos e quarenta e seis milhões, duzentos e trinta e sete mil, setecentos e quarenta reais, setenta e três centavos. Um dos projetos a serem executados com esse dinheiro que vem sendo acumulado é a construção da nova sede do Tribunal de Justiça. As denúncias da prática de corrupção envolvendo o ex-presidente, desembargador Orlando Adão, levaram-na a abortar o projeto anterior, que previa a construção da nova sede na Rua Uberaba, bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. Mas a desistência foi por pouco tempo. O atual presidente, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, ressuscitou esse projeto. Só que, desta vez, o tribunal se transferiria para o prédio da antiga Telemig, na avenida Afonso Pena, também na capital. Somente para comprar o imóvel, com recursos do Tribunal, como informou o próprio presidente, seriam gastos nada menos do que R$ 280 milhões. E para as obras de reforma e adaptações? E os gastos com as instalações elétricas e de informática? Quanto ficaria tudo isso? R$ 500 milhões, um bilhão…?

E será que esse dinheiro que está sendo acumulado é só para a nova sede? Não estaria sendo guardado também para quitação dos passivos dos magistrados (PAE, URV, auxílio moradia etc)? Pois é:  falta de transparência gera especulações. E isso tem que ser explicado aos servidores do Poder Judiciário do estado de Minas Gerais, a toda a sociedade mineira (quem quiser conhecer as mazelas das cúpulas dos três poderes de Minas Gerais, basta acessar o site www.novojornal.net – INACREDITÁVEL, INCRÍVEL, IMPRESSIONANTE!)

 

CHEGOU A HORA DE ACORDAR

Você, oficial de justiça, que vive reclamando dos péssimos salários, do baixo valor das diligências, do uso de seu próprio patrimônio para realização das tarefas, está chegando a hora de mostrar a sua cara, a sua indignação. Está chegando a hora de separarmos os meninos dos adultos. Chegou a hora de fazermos valer os nossos direitos. Chegou a hora de criarmos coragem e enfrentarmos esses desmandos, jogos de cena, enrolação, ameaças veladas. Está na hora de exercermos o nosso direito constitucional de cruzarmos os braços (GREVE). Está na hora de dizermos para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais que o mais importante é o ser humano.  BASTA! A palavra é MOBILIZAÇÃO!

O SINDOJUS/MG MARCARÁ UMA AGE PARA O MÊS DE MARÇO, PARA QUE A CATEGORIA DECIDA O QUE FAZER EM FACE A ESTE DESMANDO DO TJMG. FIQUE ATENTO E COMPAREÇA!

NÃO DEIXE QUE DECIDAM POR VOCÊ!