Geral

Editorial

segunda-feira, 30/09/2013 18:51

Política de desvalorização é mantida pela atual direção do TJMG

Quando se for pensar em valorização, esqueça a instituição TJMG. O trabalhador do Judiciário mineiro nunca foi prioridade para quem administra os bilhões de reais de verba pública destinados anualmente ao Tribunal.

Não é de hoje, por exemplo, que as promoções (veja o aditamento da PV 2012) vêm sendo tratadas de forma imoral, desleal e autoritária pelas sucessivas administrações do Órgão.  O número de vagas vem caindo a cada ano, de forma vergonhosa, comprovando ainda mais essa incapacidade de gestão pública e demonstrando clara falta de competência para planejar e executar soluções a curto, médico e longo prazos, quando o assunto é demanda de servidores.

Com esse quadro negativo imposto pelo TJMG, a carreira só mudará quando cada trabalhador se conscientizar de sua importância na prestação jurisdicional. E não basta somente reclamarem e espernearem nas redes sociais ou pelos corredores. É necessário muito mais atitude do que isso, como paralisações, protestos e cruzar os braços com uma greve geral sem precedentes.

Os fatos históricos não mentem. Quem gosta de trabalhador é o próprio trabalhador. Para o TJMG, somente quem ocupa o cargo público de juiz é que tem valor. Os mais de 15 mil trabalhadores que movimentam e operacionalizam a máquina judiciária mineira vivem sendo desrespeitados e desvalorizados por suas sucessivas administrações.

Alguém pode imaginar toda a máquina judiciária movida somente pelos cidadãos que ocupam o cargo de juiz?

Todos nós temos ciência de que recebemos os piores salários entre todos os TJs do Brasil, de que as nossas condições de trabalho são as piores e de que o nosso plano de carreira está ultrapassado e inoperante por culpa exclusiva da má vontade política do TJMG, que atende como “cordeirinho” às imposições do Executivo mineiro.

Se em outros estados da Federação se remunera melhor seus trabalhadores, se tem uma carreira valorizada, se as condições de trabalho são melhores, nós sabemos a resposta: foi com muita luta, muitas greves e, com certeza, muita coragem!