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Massacre de Felisburgo

terça-feira, 20/08/2013 19:16

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Campanha pela condenação de Chafik por ocasião do julgamento marcado para maio, que acabou adiado pela segunda vez, para agosto

Réu confesso é acusado de ser o mandante e um dos executores dos assassinatos

SINDOJUS/MG une forças à CUT (Central Única dos Trabalhadores), ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), aos sindicatos Sindieletro/MG, SindUTE/MG, Metalúrgicos de BH e Contagem, Sindimetro, Petroleiros, Sindpol/MG, Sindágua e Sindifisco/MG, e ao deputado estadual Rogério Correia (PT), na grande manifestação marcada para esta quarta-feira, 21 de agosto, a partir das 8 horas da manhã, em frente ao Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Os manifestantes defenderão julgamento justo para Adriano Chafik, que se inicia na manhã da mesma data, no Tribunal do Júri do referido fórum.

Favorável à reforma agrária, o SINDOJUS/MG defende uma atuação isenta da Justiça em quaisquer circunstâncias, independentemente do poder aquisitivo do réu. E, nesse caso, entende ser de suma importância a união entre as entidades da sociedade civil, incluindo os sindicatos, na luta contra a perseguição aos movimentos sociais, como o MST. Por isso, convoca todos os oficias de justiça avaliadores mineiros para a manifestação desta quarta-feira, em frente ao Fórum Lafayette.

“Grileiro” de terra e réu confesso

Adriano Chafik é acusado de ser o mandante e um dos executores do chamado Massacre de Felisburgo, ocorrido no município mineiro de mesmo nome, no Vale do Jequitinhonha, em 20 de novembro de 2004. Surpreendidos por Chafik e seus capangas no acampamento em terra pertencente ao estado de Minas Gerais e ocupada pelo fazendeiro, cinco sem terra foram mortos e 12 ficaram feridos.

Esta será a terceira tentativa de julgamento do réu confesso, que, nas duas vezes anteriores, conseguiu adiá-lo. O primeiro adiamento foi de janeiro para maio deste ano; o segundo, de maio para esta data de agosto.

Para os dias do julgamento, os sem terra prometem se mobilizar em frente ao Fórum até a condenação definitiva do fazendeiro. Está planejada, inclusive, a chegada de 20 ônibus do interior do estado, totalizando cerca de mil militantes do movimento.

Se for condenado, o latifundiário vai acumular mais uma derrota sobre o caso, já que no ano passado havia perdido ação em que reclamava a propriedade de 515 hectares da fazenda, palco do massacre. Segundo o STJ, as terras foram griladas pelo réu e devem ser destinadas à reforma agrária. Outros 1.200 hectares foram decretados de interesse social pelo presidente Lula em 2009.

Com informações do portal Minas Livre