Geral

Solidariedade

terça-feira, 04/06/2013 18:32

Abril de 2005: um ano depois de levar o tiro, Dennis utiliza em sua casa engenhoca de fisioterapia improvisada por um amigo mecânico – Foto: Gil Carlos

Doações devem ser feitas em conta corrente do banco Itaú

O ex-oficial de justiça Dennis Barbosa Cintra, de Belo Horizonte, está amealhando recursos para adquirir uma cadeira de rodas motorizada que lhe facilite os movimentos e a locomoção. Como se trata de um equipamento muito caro para as posses dele e da própria família, Dennis precisa da solidariedade das pessoas. Conhecendo bem a difícil história do ex-oficial, o SINDOJUS/MG pede a ajuda de todo o oficialato mineiro. Aqueles que puderem, favor depositar – qualquer quantia serve – em nome de Dennis, na conta corrente nº 23.050-1, agência 3076, do Banco Itaú. Um pouquinho aqui, outro ali, juntando, o montante doado de coração poderá fazer a alegria do ex-oficial de justiça. O SINDOJUS/MG e, com certeza, Dennis e família, agradecem.

Fatalidade

Era manhã do feriado de 21 de abril de 2004. Dennis Barbosa Cintra entrava em um bar próximo a sua casa, no bairro Ribeiro de Abreu, em Belo Horizonte, com o intuito de pedir água para conter o superaquecimento do radiador do seu carro, que se encontrava nas proximidades. Conversando com um amigo, viu-o cair após ser atingido por tiros disparados de um carro que passava na rua. Sem tempo sequer de amparar o companheiro ferido, outro tiro atingiu, em cheio, a cabeça de Dennis.

O incidente mudou radicalmente a vida do então oficial de justiça. Conduzido pela viatura policial ao hospital de pronto-socorro Odilon Behrens, três dias depois foi transferido para o hospital do Ipsemg, onde permaneceu mais 63 dias, mais de dois terços dos quais no Centro de Terapia Intensiva (CTI), e o restante em apartamento. Como ele se recordaria depois, durante todo o período em que permaneceu em coma, com exceção dos dias passados em coma induzido, no Odilon Behrens, ouvia tudo o que falavam em sua volta, não conseguindo, porém, manifestar qualquer sinal de reação.

Afastado o risco de morte, foi liberado para ir para casa. Com a intervenção de amigos, conseguiu internar-se no hospital Sarah Kubitschek, para iniciar tratamento de recuperação dos movimentos das pernas e do braço direito, prejudicados pelos danos neurológicos causados pelo impacto da bala que o atingiu. Mais dois meses de intensas e dolorosas sessões de fisioterapia, retornou para casa, onde continuaria fazendo fisioterapia em uma bicicleta improvisada por um amigo mecânico.