SINDOJUS/MG conclama todos os servidores a apoiarem a greve da 2ª Instância

Na quinta-feira, 17 de novembro, membros da diretoria do SINDOJUS/MG estiveram presentes na assembleia geral dos servidores da 2ª Instância da Justiça estadual que aprovou o início de greve por indeterminado daquela categoria a partir desta quarta-feira, 23, como última tentativa de ver atendida, pela administração do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, uma pauta de reivindicações mais do que justas e legítimas.

Naquela oportunidade, assim como em outras atividades da mobilização iniciada pelo SINJUS, o SINDOJUS/MG reforçou o seu apoio ao movimento paredista dos colegas da 2ª Instância não só pela legitimidade das reivindicações, mas também pelo fato de a maioria delas ser de interesse dos oficiais de justiça avaliadores e de todos os servidores do Judiciário mineiro.

Pois o SINDOJUS/MG continuará apoiando o SINJUS e a categoria que representa e conclama todos os oficiais de justiça e demais servidores da 1ª Instância a fazerem o mesmo, unindo-se e engajando-se nesta que é, afinal, uma luta de todos.

Nós, servidores do Judiciário de Minas Gerais, recebemos os menores salários entre todos os estados e nos vemos diante de uma administração do Tribunal de Justiça cada vez mais omissa em relação ao seu quadro de funcionários, desrespeitando direitos legitimamente conquistados e se negando a quitar uma série de passivos que se acumulam e se avolumam a cada dia.

Os trabalhadores da Cemig realizam paralisação de 48 horas hoje (terça-feira, 22) e amanhã (quarta-feira, 23) e os servidores da área de saúde do estado também se encontram em plena mobilização por reajuste salarial. Os servidores do Judiciário Federal em Minas já estão em greve desde 31 de outubro, na luta pela revisão salarial da categoria.

Não podemos continuar nos curvando à resistência e à má vontade da administração do Tribunal de Justiça. A greve é um direito de todos os trabalhadores deste país. Tanto isto é verdade que os próprios magistrados da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho anunciam que irão “cruzar os braços” no dia 30 deste mês. E não podemos esquecer que os próprios desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais também realizaram sua greve, em 20 de março de 2006, contra a proposta então em estudo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de regulamentação do teto salarial do Judiciário.

Vamos, então, engrossar a greve dos nossos colegas da 2ª Instância. Somos servidores dedicados e comprometidos com a qualidade e a celeridade da prestação jurisdicional. “O mal cresce quando pessoas de bem se omitem”, lembra o sábio ditado. Vamos, pois, extirpar este mal pela raiz.

À luta, companheiros!

As reivindicações dos servidores da 2ª Instância  

1) Aprovação imediata do Projeto de Lei nº 2125/2011 (revisão-geral anual), em tramitação na ALMG;

2) Reinclusão na proposta orçamentária do Judiciário dos valores destinados à revisão-geral anual de 2012 e à recuperação de vencimentos;

3) Recuperação dos vencimentos dos servidores, com vencimento básico inicial, no mínimo, nos moldes do novo projeto do Tribunal de Contas do Estado(PL 2601/2011). Para tanto, reivindica-se o envio do Projeto de Lei, dentro da atual gestão, para efetivar essa política, conforme compromisso do presidente, desembargador Cláudio Costa;

4) Cumprimento da conciliação perante o CNJ, publicando-se os editais em atraso das promoções verticais dos anos de 2009, 2010 e 2011;

5) Pagamento imediato dos passivos das PVs 2006/2007/2008.