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Violência no Rio

segunda-feira, 22/07/2013 17:18

Oficial que conduzia o carro teve a sorte de jogá-lo sobre a 16ª DP

Dois oficiais da Justiça Federal foram vítimas de sequestro-relâmpago e passaram momentos de terror nas mãos de três bandidos na madrugada da última sexta-feira, 19 de julho. Com certeza que iria morrer na Favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, para onde seriam levados, Moisés Thome de Queiroz, de 48 anos, que dirigia o Honda CR-V onde estava com a colega e os bandidos, jogou o carro em frente à 16ª DP (Barra da Tijuca), na Praça Desembargador Araújo Jorge.

Os assaltantes se assustaram e saíram do veículo atirando. Cristina Silva de Melo, 48, foi atingida de raspão por duas balas e está fora de perigo. Os três bandidos foram presos.

Cristina e Moisés trabalhavam no plantão judiciário e tentavam cumprir uma liminar que obrigava hospitais públicos a internar uma criança quando foram abordados na esquina da Avenida Olegário Maciel com Rua Guedes da Fontoura, também na Barra. Sob ameaça de morte, depois que o trio confundiu a carteira deles com as de policiais federais, Moisés contou que agiu por impulso.

“Eles, a todo momento, diziam que eu seria executado e que fariam o que quisessem com ela, sugerindo que seria estupro. Se era para morrer dentro da favela, arrisquei morrer na delegacia. Se com eles, certamente morreria, na porta da delegacia teria alguma chance”, contou Moisés ainda muito abalado.

Ainda segundo ele, neste momento, por volta das 2h da madrugada, os bandidos ficaram apavorados, pois um policial civil estava na porta da delegacia e imediatamente veio em direção ao carro. “Eles saíram atirando e acho que foi muita sorte que nós tivemos”, reconheceu Moisés.

Magno Kelo dos Santos, de 21 anos, que estava armado, foi preso na hora pelo policial civil. Os outros dois acusados, ambos de 17 anos de idade, conseguiram fugir em direção ao Quebra-Mar da Barra, mas uma equipe do 23º BPM (Leblon) – acionada por um morador que supôs que a delegacia estava sendo invadida – e estava nas proximidades os apreendeu. Com eles foram recolhidos um revólver calibre 38 com a numeração raspada, dois celulares e dois relógios.

“É inacreditável como ela está viva. São três tiros no vidro do carro na altura das cabeças deles. Minha mãe nasceu de novo”, comemorou o advogado Leonardo Silva de Melo, 23. Ele contou que este era o primeiro plantão da mãe depois de voltar de licença médica por síndrome do pânico, quando foi tratada com antidepressivos. Cristina já sofrera sequestro-relâmpago em 2004.

Fonte: Jornal O Dia