Na tarde da última segunda-feira (20/10), uma Oficiala de Justiça do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi vítima de racismo e de ameaças graves enquanto realizava o cumprimento de um mandado de citação na cidade de Contagem (MG).
De acordo com o relato da servidora, ao se identificar e comunicar ao destinatário a finalidade do ato judicial, o homem passou a proferir ofensas de cunho racial e, em seguida, proferiu ameaças explícitas à sua integridade física. “Ele começou a dizer que na nação dele não havia lugar para pessoas negras. Logo depois, afirmou que iria me mandar para a terra dos ressuscitados e que começaria arrancando meus olhos”, contou, visivelmente abalada.
Assustada, a Oficiala deixou o local de imediato e permaneceu em seu veículo por algum tempo, buscando preservar sua segurança.
O episódio evidencia, mais uma vez, os riscos enfrentados pelos Oficiais e Oficialas de Justiça no exercício de suas atribuições. Responsáveis por garantir o cumprimento das decisões judiciais, esses profissionais estão frequentemente expostos a situações de hostilidade, violência e insegurança — agora agravadas por um ato de racismo, crime inaceitável e incompatível com qualquer sociedade que se pretenda justa e igualitária.
O SINDOJUS MG manifesta total solidariedade à servidora e repudia, de forma veemente, toda e qualquer prática de discriminação racial ou violência contra os Oficiais de Justiça e demais servidores públicos. A entidade, por meio da sua assessoria jurídica, acompanha o caso de perto e adotará todas as medidas cabíveis para que o agressor seja responsabilizado e para que a vítima receba o devido acolhimento psicológico e o suporte institucional necessários.
Este fato reforça a urgência na implementação de políticas públicas e institucionais voltadas à segurança dos Oficiais de Justiça, categoria que atua na linha de frente da efetivação das decisões judiciais, frequentemente em ambientes hostis e sem suporte adequado.
O Sindicato reafirma seu compromisso permanente com a defesa da integridade, do respeito e da dignidade de todos os Oficiais e Oficialas de Justiça de Minas Gerais.
























